Primeiro de maio
Quando vi que essa edição cairia no dia do trabalho, pensei que seria legal contar a história de alguém que trabalha ativamente no mundo pet. Acontece que não existem coincidências e, sem querer, eu já estava em contato com os candidatos perfeitos.
Bob Brown e Lurdinha são primos distantes por parte do meu avô materno. Ainda não tive a chance de conhecer os dois pessoalmente, mas felizmente a internet nos reuniu. Acompanho o Instagram do Bob há alguns anos, e agora tive o privilégio de mergulhar em seu mundo para contar essa história tão bonita, que tem tudo a ver com o dia de hoje. Vamos começar?
História Real
O fantástico mundo de Bob
O casamento da Lurdinha com o Flávio trouxe, além do novo estado civil, uma mudança de cidade. Lurdinha saiu com uma passagem só de ida de São Paulo para Natal, pronta para começar o novo capítulo de sua vida. Uma certeza ela tinha: nessa história teria um cachorro.
Em um certo domingo de 2014, saiu da missa decidida a voltar para casa com um cão. Ela já sabia que uma feira de adoção estava a todo vapor em um pequeno shopping do bairro. Mas chegando lá, viu que haviam poucos filhotes. Apenas um único estava acordado. Lurdinha olhou para o cão, o cão olhou para ela... e algo em seu peito se acendeu. Chamou o pessoal da organização, preencheu o formulário de adoção. Aprovada. Mas com uma condição: o filhote estava com doença do carrapato e Lurdinha teria que dar continuidade ao tratamento.
Aos 45 dias, Bob Brown Sousa foi para seu novo lar. A primeira consulta veterinária mostrou que o estado de saúde era mais sério do que o imaginado. A doença do carrapato era grave e a anemia acentuada. O tratamento? Muito mais longo do que o previsto. Além disso, o cão passou a rejeitar a ração, fazendo os donos adotarem alimentação natural. E como não podia faltar a cereja desse bolo, Bob decidiu engolir um alfinete, resultando em uma cirurgia de emergência.
Graças a todos esses percalços, Bob passou os primeiros meses de vida dentro do apartamento, crescendo no “Fantástico Mundo de Bob”. Apesar dos problemas de saúde, o filhote soube desde cedo que nada de ruim poderia acontecer dentro do seu mundo, protegido por Flávio e Lurdinha. E assim foi se apegando cada vez mais aos donos. Lurdinha ainda não sabia, mas Bob começava a abrir um caminho novo e inesperado em sua vida. Esse amor guardava um futuro que ela nem imaginava.
Ainda em 2014, Lurdinha criou um perfil para o Bob no Instagram. Começou a compartilhar seu crescimento, as dificuldades, as primeiras socializações. Sua saúde fortaleceu e seu fantástico mundo expandiu: fora do apartamento haviam pessoas, animais, cores, cheiros, areias, águas doces e salgadas (até hoje seu passeio preferido é nas lagoas e praias de Natal). O Instagram de Bob Brown crescia rapidamente, e Lurdinha começou a se envolver profundamente com grupos de pets na cidade. Mas ainda não era o suficiente. Lurdinha sentia que precisava contribuir. Fazer mais.
Em 2016, Bob e Lurdinha fundaram o enCÃOtro RN. Naquela época havia poucos eventos desse tipo em Natal, e a ideia surgiu para promover encontros entre as famílias e seus pets. O projeto começou em um parque da cidade, com palestras, feirinha e sorteios. Cada nova edição contava com mais participantes e colaboradores. Em pouco tempo Bob começou a chamar a atenção dos jornais e programas de TV. O sucesso foi tanto que anos depois surgiram até projetos paralelos, como o CinePet e o Cão Silvestre, a primeira corrida de rua para pets do Nordeste.
Lurdinha passou de professora a produtora de eventos. Ela apoia feiras de adoção, campanhas de vacinação e até se envolveu com o governo para lutar por projetos sobre direito e proteção animal. Tudo porque decidiu levar para casa aquele filhote da feira de domingo. O amor entre Bob e Lurdinha é tão grande que transbordou para a cidade de Natal, impactando a vida de milhares de pessoas e animais. Juntos, os dois transformaram o fantástico mundo de Bob em um universo inteiro.
Seriam no mínimo dez livros para contar a vida dele que já se mistura com a minha, tamanha é a sua importância. São 10 anos de muita traquinagem e de muito amor.
Dica do Vet
4 tipos de produtos para deixar seu pet super protegido contra carrapatos - patrocinado por KAHOUN
Não se engane: você pode até não vê-los, mas eles estão por aí, só aguardando uma oportunidade de atazanar e se atarracar às nossas vidas. Carrapatos. Esses bichinhos sagazes têm um ciclo de vida complexo e se adaptaram em todo o território brasileiro. Assim como a história do Bob comprovou, nem os centros urbanos estão livres da temida doença do carrapato.
Mas ninguém merece viver com medo de levar o pet para passear. Para tudo tem solução e, nesse caso, felizmente tem várias. Ainda não existe vacina contra a doença do carrapato, então a melhor forma de proteger seu cão é praticando a proteção. Esses são os principais produtos que você precisa saber que existem no mercado:
Coleiras: contam com um ativo que é liberado gradativamente, garantindo de 4 até 8 meses de proteção. Seresto, Scalibor, Levree.
Comprimidos: são palatáveis e têm duração variável de 30 dias a 3 meses. Nexgard, Bravecto, Simparic.
Tópicos: aplicações mensais no dorso do pet. Frontline, Revolution, Advantage.
Spray: tem como vantagem a praticidade na aplicação, além de ser permitido usar em filhotes. Frontline spray
Qual a melhor opção para o meu cão?
Depende dos hábitos e características do pet. Se o seu cão tem alguma alergia de pele, por exemplo, então é melhor optar pelos comprimidos. Mas se você mora em alguma região endêmica para leishmaniose, a coleira pode combater “dois insetos com uma cajadada só”. O mais importante é respeitar as recomendações da bula quanto ao peso do cão e tempo de reaplicação. Na dúvida, consulte sempre o veterinário.
Pet Letters Indica
Vídeo: o impacto dos cães de resgate em avalanches
Animais de trabalho. Cães que otimizam suas habilidades naturais para auxiliar na busca e resgate de humanos em perigo, na atividade policial e na apreensão de drogas. O trabalho desses animais (ou seriam heróis?) sempre me impressiona, mas os resgates em avalanche me deixam boquiaberta.
Um dos primeiros registros de um cão de trabalho, inclusive, é do Barry. Ele nasceu em 1800 na Suíça, e trabalhou como cão de resgate nas montanhas para o Hospital São Bernardo (pegou a referência? As cruzas de Barry originaram a raça que leva o mesmo nome do hospital). O cão foi responsável por salvar a vida de mais de 40 pessoas. Seu resgate mais famoso foi de uma criança inconsciente em uma caverna de gelo. Depois de aquecer o corpo do menino através de lambidas, Barry colocou a criança em seu dorso, carregando-a pela neve até o hospital.
Esse vídeo da National Geographic simula o momento exato em que um cão de resgate encontra a vítima de uma avalanche (minuto 2:59).
“Sabe, se você estivesse profundamente enterrado em uma avalanche, imagina o sentimento que deve ser ver um cachorro cavando um buraco e salvando sua vida. Deve ser um momento e tanto. O que acho importante dizer é que eles estão lá fora, todos os dias, salvando a vida de pessoas” - Traver Frost, fotógrafo responsável pelo projeto.
📽️Vídeo da edição
O nosso cão trabalhador de respeito. A estrela dessa edição não atua em avalanches, mas faz um bem danado promovendo tantos eventos pet friendly no Rio Grande do Norte. Aproveita e segue o primo Bob Brown. 😊
A próxima pode ser sua
Mal posso esperar para ouvir as histórias que você tem com o seu pet!
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Ameeeeeeeeei a Cão Silvestre! Kkkkkkk
Gente que trabalho incrível do Bob e da Lurdinha! Precisamos de mais coisas assim aqui na região sudeste tambem! Lurdinha e Bob são muito sortudos de terem um ao outro