Semana curta
Quer você esteja trabalhando ou descansando, aqui está a sua pausa para esquecer por cinco minutos das preocupações do dia a dia. A edição de hoje conta a história de uma fora da lei: Nala, dois anos, branca com listras cinzas, culpada por furto e desaparecimento de diversos objetos na casa de Jéssica.
Nala é resgatada
A Nala chegou na vida da Jéssica através de uma amiga do trabalho, a Júlia. Ela estava voltando para casa, em um clássico dia de chuva, quando viu um micro gatinho cercado por três cachorros enormes. Júlia não teve dúvida. Saltou do carro e fez o resgate. O gatinho era praticamente um recém-nascido, com cerca de 15 dias de vida e completamente sozinho. Sem poder adotá-lo permanentemente, Júlia mandou uma foto no grupo do trabalho. Jéssica reagiu na mesma hora: “é meu”.
Cuidados de recém-nascido
Os primeiros dias foram desafiadores. Fazia muito frio e Nala precisou morar na cama da Jéssica, dentro de uma caixinha de sapato, confortavelmente preenchida com cobertores e bolsas de água quente. Por ser muito pequenininha, Nala precisou de atenção e cuidados bem similares aos de um bebê humano. Jéssica dava mamadeira a cada duas horas e passou por muitas noites de sono mal dormidas, sendo constantemente acordada pelo chororô do bebê gato. Para complicar ainda mais, a casa já era dominada pela Miu, a gata mais velha que não suporta outro ser vivo além da mãe da Jéssica.



Foi um trabalho de paciência e adaptação. Aos poucos, Jéssica foi abrindo mais espaço para Nala. Ela foi aprendendo a andar, a brincar e a conquistar a Miu, que não teve outra opção a não ser aceitar a presença da nova gatinha pequena e peluda na casa. Hoje, Nala ama a irmã mais velha de paixão. Já a Miu, digamos que a tolera bem.
Nala adora comer e come o dia inteiro. Quando não está comendo, adora brincar de bolinha e com o gatinho de pelúcia, seu brinquedo favorito. Mas a Nala tem um traço muito particular em sua personalidade: ela é louca para sumir com objetos da casa.
A pequena meliante
Todas as mulheres estão familiarizadas com o mistério que cerca os elásticos de cabelo. Você compra um punhado de elásticos novinhos em folha para, poucas semanas depois, todos desaparecerem. Partindo sem explicação para a “terra mágica dos elásticos de cabelo”. Eventualmente, um ou outro acaba voltando para nossa dimensão, nos surpreendendo no chão do carro ou no bolso daquela calça jeans que não serve mais. É assim que funciona, e não há nada que possa ser feito.
Por isso que Jéssica nem estranhou quando seus novos elásticos começaram a desaparecer. Conhecendo bem a regra do sumiço, ela simplesmente comprava mais. Só que, de repente, as compras passaram a ser bem mais frequentes do que o normal. Jéssica comprava mais elásticos e eles sumiam, comprava mais e eles sumiam, comprava mais e eles sumiam. Dois meses se passaram nesse ciclo sem fim. Alguma coisa estava errada.
Até que, em um belo dia, Jéssica sentou no sofá de casa, soltou o cabelo e jogou o elástico no sofá. Nala pulou e rapidamente capturou o elástico para brincar, fazendo com que Jéssica finalmente ligasse os pontos.
Foi preciso um trabalho de detetive, vasculhando cada cantinho da casa, até que o esconderijo secreto fosse descoberto. Vinte e oito elásticos de cabelo foram resgatados debaixo da cama. Todos passam bem e a meliante não sofreu retaliações.
Além de elásticos de cabelo, outras vítimas comumente escolhidas pela Nala são bolinhas de algodão (nem pense em fazer as unhas perto dela) e batatas fritas. Fique bem atento a qualquer sinal de aproximação caso decida fritar batatas na cozinha.
Viver com a Nala para mim é quase uma realização pessoal, porque somos muito grudadas. Ela dorme comigo, fica deitada no colo, me recebe quando chego em casa, e eu sempre quis ter esse tipo de relação com um pet.
Dica do vet
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A fissura da Nala pelos elásticos de cabelo não é a toa. Quem é dono de gato sabe que na sua casa tem um paraíso de potenciais objetos prontos para serem caçados. A Drª Camila Ackermann, especialista em reprodução de felinos, explica que isso acontece porque, ao contrário dos cães, gatos não foram selecionados para características comportamentais. Durante o processo de domesticação, enquanto os cães foram escolhidos para trabalhos específicos (como pastoreio, trabalhos de resgate, farejo e natação), os gatos mantiveram o comportamento feral.
Por isso, é muito importante que todo gato tenha a chance de expressar seu instinto predatório: perseguindo, capturando, estripando e, por fim, se alimentando. Aqui vão algumas dicas para você estimular ao máximo o comportamento de caça do seu pequeno felino:
Ninguém gosta de ser perturbado enquanto cochila no sofá. Concentre as brincadeiras nos momentos em que seu gato estiver mais ativo, aumentando as chances dele se interessar. Isso deve ocorrer no amanhecer e no anoitecer. 🕰️
Poupe sua mão de arranhões. As melhores opções de brinquedos são as varinhas, que remetem passarinhos; e brinquedos macios, que podem ser mordidos e arranhados. Uma ótima ideia é escondê-los para que seu gato precise localizá-los. 🧸
Mimados sim. É importante alternar os brinquedos disponíveis para evitar o hábito e o tédio. E em casas com vários gatos, deve haver brinquedos suficientes para todos. De preferência, você deve brincar isoladamente com cada um deles. 👑
Tá permitido brincar com a comida. Para aguçar a inteligência e prender a atenção por um bom tempo, esconda petiscos pela casa, em brinquedos recheáveis ou em quebra-cabeças. 🧩
Faca de dois gumes. O laser é uma das brincadeiras favoritas e uma das mais polêmicas. Apesar de ser um ótimo exercício físico, a brincadeira pode gerar estresse e frustração, já que seu gato fica enlouquecido por algo inatingível (tipo você sonhando em ter a fortuna da Taylor Swift, rs). Ao brincar com o laser, lembre-se de sempre oferecer ao seu gato um petisco ou brinquedo que ele possa realmente tocar, evitando a frustração de nunca conseguir capturar a presa. ⚠️
Para fechar a edição… esse gato que já está pronto para cair no feriado. 😌
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Até a próxima quarta!
Hahahahaha 28 ELÁSTICOS!! 😂
De tranquila só a carinha mesmo