Aviso importante
A Pet Letters está entrando em hibernação
Como expliquei na edição anterior, essa newsletter está se enrolando em um edredom e partindo para um soninho bem gostoso. Mas, não tema: ainda tem mais uma história para aquecer seu coração. Vamos nessa?
História Real
Em todos os momentos
Julia se mudou para Brasília sozinha, com 18 anos nas costas e o coração espremido pelas saudades de casa. Para piorar, ela nem gostava tanto assim do curso que escolhera fazer na faculdade. Toda vez que visitava sua cidade natal, no interior do Mato Grosso, a hora de ir embora virava um sofrimento. Sua mãe até chegou a comprar algumas passagens de avião para acompanhar a filha durante a volta. Foi em um desses voos que tudo mudou, quando as duas encontraram um cachorrinho tranquilo a bordo, viajando no colo do tutor.
A mãe, aquela que sempre dissera “não” para animais em casa, teve um lampejo: “E se a gente conseguisse um cachorro pequeno para te fazer companhia”? Foi só descerem do avião que a filha começou a pesquisar. Dias depois foram conhecer dois filhotes, “só para olhar”. O macho, era atentado e provocador. A fêmea, desesperada, só latia. Mas bastou ir para o colo da menina que se aninhou e sossegou. Júlia diz até hoje que a salvou das garras do irmãozinho chato.
Por causa da Cacau, Julia finalmente começou a se enturmar em Brasília. As duas moravam em um apartamento no primeiro andar, e todo mundo que passava por ali parava para conversar com a Shih Tzu na janela. O bairro todo sabia da “cachorrinha que fica no vidro”. Na hora dos passeios, era sempre reconhecida. Ela topa qualquer parada: o trabalho da dona, a chácara dos avós e até o salão de beleza. Foi a maior e principal companhia da Julia nos tempos de faculdade.
A única exigência da Cacau é manter uma rotina regrada, que envolve uma voltinha preguiçosa pela rua de manhã, uma soneca depois do almoço e uma caminhada animada às quatro horas da tarde (meias espalhadas pela casa também são um elemento muito bem-vindo no seu dia a dia). Julia faz questão de manter esses hábitos até hoje, dez anos depois, quando as duas até já mudaram de cidade e de fase de vida - agora, provas são só do vestido de noiva.
Algum tempo atrás, Julia estava muito apreensiva para saber se havia sido aprovada na avaliação final da pós-graduação. A nota do TCC chegou em um dia de manhã, quando só as duas estavam em casa. Era uma nota tão boa, tão acima das suas expectativas, que ela começou a chorar. Abraçou a Cacau e só então se deu conta: ela ainda estava ali, recebendo mais uma nota junto da dona. Ela, que a acompanhou em todos os estudos, virando madrugadas, desde o primeiro ano até a pós-graduação. Que viu a menina se tornar mulher. Julia me disse que seu maior sonho é que a Cacau possa conhecer seus filhos. Também estou torcendo para que ele se torne realidade.
“Tem momentos que só ela presencia. É quem mais me acompanha. Fora que só falta falar: fico impressionada da forma que ela age, porque ela se comunica com o olhar. Realmente sinto que a gente conversa, é uma conexão surreal. É muito maluco. Consigo visualizar uma corrente energética ligando nós duas.”
Até logo!
E assim finalizamos a primeira temporada de Pet Letters. Mas sem clima triste por aqui, hein? Para finalizar essa edição em alta, deixo não só um, mas três vídeos que vão deixar o seu dia um pouquinho mais feliz.
Se quiser continuar acompanhando o meu trabalho, você me encontra na newsletter Marinando e no meu primeiro livro, Clay.
Obrigada, obrigada, obrigada! Nos vemos por aí! :)
📽️Vídeo da edição
Mais do Substack
Gostou de conhecer a
? Ela também escreve aqui no Substack, na newsletter .
Pet Letters é a newsletter de histórias de amor entre tutores e pets, dicas veterinárias e curiosidades do mundo animal.
Escrita por Marina Cyrino Leonel
Médica veterinária que trocou os atendimentos pelas palavras
Ah como vou sentir falta dessas histórias de amor 😍 tomara que a próxima temporada da pet Letters volte, no momento certo, com tudo!
Que surpresa quando vi que você havia publicado! Eu amei e fiquei super emocionada. A Cacau é muito importante para mim! Obrigada pelo registro do nosso companheirismo.