O lado Felícia

Troca de newsletters, 6 dicas para seu gato beber mais água e Black Friday

Marina Cyrino Leonel

and

Cynthia Teixeira

Nov 20, 2024

Troca de newsletters

Depois do sucesso do primeiro episódio, chegou mais uma edição do “troca de newsletters”. Quero chamar ao palco a

Cynthia Teixeira Esteves

, autora da

Cyne News

e amiga querida que a escrita me trouxe. Pode entrar Cynthiaaaaa!

História Real

O lado Felícia

Meu primeiro, e único, bicho foi um peixe suicida. Sim, você leu certo. Um peixe suicida. Para a alegria da minha mãe (contém ironia), a escola presenteou os alunos com um peixinho laranja, muito lindo. Na primeira limpeza do aquário, ele quis tentar sua liberdade dentro do ralo da pia...

Desde então, nenhuma tentativa de bichos em casa. Minha mãe sempre teve medo, e nunca quis cuidar de um; como ela mesma diz: “Não consigo cuidar nem de mim mesma direito, imagina de um bicho”. Cachorro?! Só o de pelúcia da Parmalat (aliás, nem esse eu tive). O que me resta?! Me apegar aos bichos de amigos e parentes 💜

Foi nascendo o meu lado Felícia, quando essa minha amiga, um bom tempo depois, me chamou para conhecer suas gatas. Hannah e Aisha. Hannah é uma Maine Coon, marrom, enorme, dócil, líquida e com alma de cachorro. Aisha é uma senhora, ranzinza, que te julga, é a dona da casa e ama um tapa na bunda – quando ela deixa (normalmente isso é na hora que ela vai comer). Elas não fazem nada, não arranham e nem mordem. Sorte a minha, que virei uma Felícia.

Um dia, recebi uma mensagem: “Vou viajar por 15 dias, você pode ficar com as meninas, duas vezes na semana?!”. O medo. E se desse errado? Eu não sei cuidar de gato. Limpar caixa de areia?! ARGH! Aceitei, com medo. Ela me mandou vídeos e mais vídeos. Como limpar a caixa, onde colocar a comida, onde estava a comida e sachê (esse, só me aventurei a dar esse ano). Explicou tudo, e qualquer coisa poderia mandar mensagem.

A caixa de areia. O lugar que eu mais temia. Por mais que eu tenha assistido essa amiga usar, eu me senti perdida. Ah, detalhe importante, SÃO DUAS CAIXAS.

Pensei: não deve ser tão difícil. Olho para o lado; Aisha estava sentada me julgando, e provavelmente se perguntando se eu iria conseguir. Sinto a pressão no olhar dela, “ainda bem que você não fala”, ela mia dengosamente e continua me julgando. Foi difícil, o que poderia levar cinco minutos, durou quinze com um trabalho bem mal feito. Era grão de areia voando para sabe-se lá onde. Parecia uma chuva de purpurina…

Depois de um tempo agachada, dor nas costas, areia no tênis e suor, saio sedenta pelo sofá. Vejo uma das gatas vindo, passando por mim e indo direto para a caixa. “Pô gato, acabei de limpar!!”. Já entendi, gato gosta de verificar se está tudo como eles gostam, e aproveitando a limpeza, porque não sujar novamente?! Hoje, tiro essa tarefa – chata - de letra. Se precisar, até de olhos fechados, e sem gatos me julgando; e sabendo que dois minutos depois, uma delas vai até a caixa fazer a festa.

Nessas de “trabalhar” de Pet Sitter, já me aconteceu de quase tudo. Já me esqueci que a Aisha ama ficar em cima da geladeira, e quando entrei no apartamento, tomei um susto com ela saindo do nada. Já me arrependi de olhar para trás antes de ir embora, e ver uma gata com olhinhos enorme implorando para que eu não fosse embora. Já passei um fim de semana com as duas estressadas – mimei o quanto deixaram.

E, a melhor situação foi Hannah querendo me dar um susto. Decidi brincar de bola com ela, enquanto Aisha estava confortável no seu canto. Estava jogando bola com a ~~cachor~~.. gata, certo momento peguei a bolinha; movimentei a mão de um lado para outro e ela acompanhava cada micro movimento da minha mão. Então, joguei a bola na sua direção, esperando o salto dela, como um tigre que vai pegar a sua presa, porém ela continuou olhando, e a bola foi direto no focinho dela. Assustada, ela fugiu, e eu saí correndo clamando por desculpas. Abracei, beijei, fiz carinho e vi que que estava tudo bem. Vida que segue. Um tempo depois, estava com a Aisha, vendo ela comer e fazendo carinhos. De repente sinto alguma coisa no meu braço, parecia um bicho – e era. Tomo um susto, e quando olho para o lado vejo Hannah, já a alguns centímetros de distância de mim, com cara de quem uma gata feliz, por ter revidado o susto da bolinha na cara. A cara não enganava, só faltava dizer “bem feito tia, essa é pra você aprender!”.

A cada vez que fico com elas, é algo do tipo que acontece. Acho que dei muita sorte por ter essas duas gatas como ‘sobrinhas’. Eu entendo elas e elas me aturam. Não tem opção. É como ter um amor em forma de pelos que me fazem espirrar, mas eu não me importo nem um pouco.

✉️A próxima pode ser sua

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Dica do Vet

6 dicas para seu gato beber mais água

Ao longo desse mês fomos agraciados com duas histórias e quatro felinos dando as caras na Pet Letters. Fiquei feliz em fazer um mês dedicado a eles, já que aparecem menos que os cães por aqui. Pensando nisso, abri uma enquete no Instagram perguntando o que vocês queriam saber sobre os gatos. Eis o tema vencedor:

O sommelier das águas

Ô, serzinho exigente. Mas tenho que reconhecer, não é por culpa deles. É uma herança genética vinda dos felinos selvagens, que viviam em regiões áridas e se hidratavam através das presas que caçavam. Os gatos domésticos simplesmente não estão acostumados a beber grandes quantidades de água pura. Cabe a nós~~, seus servos,~~ fazer o possível para estimular a ingestão hídrica.

Reforçando o óbvio. O gato faz questão de ter água limpa, fresca, livre de odores e sabores estranhos. Ele é capaz de notar a diferença até entre água mineral ou da torneira, acredite. É imprescindível trocar a água com frequência e higienizar os recipientes uma vez ao dia para evitar críticas e julgamentos. “Leve esse pote embora. A água está bouchonné.”
Localização é tudo. Esqueça o potinho de água junto ao de ração. Na área de serviço, bem ao lado da máquina de lavar barulhenta, também. O melhor é espalhar vários potes de água entre os cômodos da casa, posicionando-os em cantinhos tranquilos e livres de circulação. Tudo o que o gato quer é poder apreciar uma boa água sem ser perturbado.
O pote dos sonhos. Como um bom profissional especializado, ele vai ter a própria preferência entre vidro, cerâmica ou aço inoxidável. Para descobrir, é preciso testar. Só evite os potes de plástico, que além de deixarem um gosto residual, podem causar alergias de pele. Ah, o formato também importa: geralmente felinos preferem potes largos e rasos. Imagina se o bigode do sommelier encosta no pote? Tá louca, humana?
Água de gente rica. Sabe aquela loja chique, que oferece água com rodelas de limão siciliano e folhas de hortelã? O gato também adorar receber esse tipo de mimo. Basta aromatizar a água com catnip, caldo de frango (cozido sem sal e sem temperos) ou um pouco de sachê.
Corrente >> parada. Na natureza, os felinos preferem rios e riachos por serem uma fonte de água fresca e em constante renovação. Respeite o sommelier e providencie pelo menos um bebedouro do tipo fonte na casa. Esse daqui vale o investimento.
Fontes alternativas. Sachês, patês e caldos podem ter até 70% de água, enquanto a ração seca tem só 10%. Vale conversar com o médico veterinário para adicionar ou até mesmo trocar a dieta por alimentos úmidos.

Pet Letters Indica

Esquenta Black Friday

De antipulgas a caixa de transporte. Aqui estão as ofertas dos maiores players do mercado pet, organizadinhas nesses links. Leitores da Pet Letters não perdem tempo navegando na web:

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Dá licença, cães. Vem ver esse vídeo para fechar o mês dos gatos. 🐈

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